sexta-feira, 14 de outubro de 2016

De volta ao passado presente


Fachada da Casa de Cora Coralina

Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, foi uma das principais escritoras do Brasil. Publicou seu primeiro livro aos 76 anos. Mulher simples, doceira de profissão, produziu uma obra poética rica, contando o cotidiano e a vida do interior brasileiro, em particular da cidade histórica de Goiás, que também se chama Goiás
Logo após sua morte, em 1985, sua casa foi transformada em museu para preservar sua memória e repassar um pouco de sua história e essência para gerações futuras. Quando um lugar como esse, a Casa de Cora Coralina, se transforma em um museu, ela assume a missão de fazer os visitantes pensarem no presente e refletir sobre o passado.
Um museu em sua essência conta histórias, ensina e surpreende cada pessoa que o visita. Surpreende porque, como diz a arquiteta Beatriz Xavier: “um museu pode servir para entendermos a população atual”. E parece ser algo surreal, visitar o antigo para entendermos o agora.
O museu é uma casa de criação que nos relata fatos extraordinários de tempos passados através de obras de artes e artefatos, porém nos dias atuais os museus estão se metamorfoseando com o advento da tecnologia. Thiago Mota, instrutor de grupo do museu de Cora Coralina, gosta dessa relação: “A relação do tecnológico com o antigo é uma relação boa, para quebrar o paradigma de que no museu só existe coisas velhas”.
O museu passou por um processo de modernização no inicio do ano de 2016, recebendo o nome de a exposição permanente “Cora Coralina: Coração do Brasil”, marcando a nova fase do casarão, com um espaço mais interativo.
A nova versão da casa de Cora Coralina repassa o estilo de vida que ela levava, sendo pautada no que chamava de triângulo da vida: os elementos terra, água e ar. Com a modernização a poesia passou a estar presente por meio de projeções de fumaça no fogão da cozinha, lugar onde ela passava boa parte do seu tempo; nas paredes onde os poemas saem da velha máquina de datilografar, símbolo de sua produção; na água da bica de dentro da casa, de onde ela retirava a água para consumo.
E assim como os museus físicos não deixaram de acompanhar a tecnologia, surgiam com o advento da internet os museus virtuais. Eles são onipresentes e possibilita um diálogo mais interativo entre o internauta, o assunto exposto e pesquisas escritas sobre o que está sendo exibido. 

Visita virtual ao Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto

No entanto, os museus virtuais não vieram com o propósito de substituir os físicos, é o que explica a arquiteta Xavier: “Os museus virtuais podem ajudar a arte a ganhar novos apreciadores”.
A Casa de Cora Coralina teve a tecnologia inserida para proporcionar uma experiência sensível, pulsante e diferenciada ao visitante, mas possui a contradição de não poder se utilizar fotografia, e isso impossibilita que outras pessoas conheçam como o lugar é incrível. Como afirma Beatriz: “Creio que atualmente, quando você não pode tirar fotos de certo locais, você não teria como divulgar o quão interessante aquele lugar é”.
Um museu, seja ele tecnológico, tradicional ou virtual, é um lugar com histórias interessantes, como o museu da Cora Coralina, nos faz viajar no tempo. É o lugar em que sensações, ideias e imagens, ressaltam valores primordiais para o ser humano. Um local onde muito se descobre e muito se aprende. São espaços simbólicos, capazes de oferecer uma experiência ao mesmo tempo educativa e divertida.

Faculdade Alves Faria 
Gislaine Xavier
4ºPeríodo

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