sexta-feira, 14 de outubro de 2016


O tecido é arte, é movimento

“É muito lúdico, é muito bonito de se ver”, afirma Larissa. | Foto: reprodução

Considerado como um elemento artístico, o tecido acrobático é uma modalidade circense que se desenvolveu mais amplamente nos últimos anos e de modo geral, tem conquistado grande espaço também fora dos circos. O tecido é representado como uma expressão corporal definida como arte, que se solidifica com infinitos movimentos. Por sua vez, há performances que foram surgindo através das evoluções realizadas pelos artistas quando usavam cordas para subir e descer das alturas. Larissa Arantes de Melo, aluna e professora, iniciou com as performances do tecido por autêntica paixão: “Eu amei me apaixonei em dar aulas, a ensinar o que eu sei, o que eu amo. Então, comecei a encarar o tecido como trabalho também”.
Incentivada por uma cultura lúdica, Larissa decidiu ir além do aprendizado: fez dele o seu trabalho. Criou o projeto Up Side, atualmente localizado no Clube dos Oficiais, Goiânia, para oferecer aulas de tecido acrobático e outras modalidades circenses com o intuito de aderir qualidade física, mental e emocional, segundo ela ensinar é uma satisfação: “Estamos aberto a quem quiser tentar, a quem quiser fazer. Esperamos sempre mais alunos. Tentamos encaixar em cada espaço que dê abertura para mostrarmos nossa arte”.
A modalidade tem sido utilizada em parques, quadras, academias, escolas, eventos com diferentes objetivos, para quem nunca teve experiência circense. Além de proporcionar um bem-estar físico, o tecido contribui com a parte psicológica dos participantes, desenvolvendo uma terapia mental para quem tem dificuldade de concentração ou até mesmo lida com o stress do dia-a-dia. “É muito lúdico, é muito bonito de se ver, ele demostra uma leveza muito grande e ao mesmo tempo requer muita força. A força a gente acaba ganhando na prática do tecido acrobático, com muitos exercícios físicos, com muito preparo no desempenho”, afirma Larissa Arantes.
O tecido contribui ricamente com a cultura: sua demonstração de infinitos movimentos, a leveza da prática e a interação ao qual se encaixa em cada performance cênica, transmite limpidamente o encanto por quem aprecia. “O tecido acrobático é um elemento artístico que tem muito a enriquecer para quem pratica e para quem assiste”, diz a aluna Nathalia Novaes.
O aprendizado é feito por etapas. De modo que, o participante só irá subir a uma altura onde envolve riscos a partir do momento em que ela estiver com experiência, tendo controle do que está fazendo para que estes riscos sejam minimizados. A dança envolve acrobacias, interpretação, performances e um tecido ao qual é ligado a uma estrutura de altura variada (normalmente seis ou sete metros) onde o acrobata atinge seu desemprenho realizando seus movimentos específicos.
Se tratando de adrenalina o tecido é praticado em inúmeros ambientes. “Procuramos nos encaixar onde conseguimos. Já penduramos em balão, ponte, pedra, praia, coqueiro. Sempre que podemos, que a paisagem permite, tentamos nos integrar a ela da melhor forma possível. É sempre uma emoção muito grande poder colocar o tecido em locais inusitados”, destaca Larissa. E quem pratica sente-se recompensados pelo esforço. “Iniciei com o tecido há pouco mais de três meses e já me sinto outra pessoa fisicamente e mentalmente, pois ele me proporciona uma sensação de bem-estar muito grande”, declara Vanessa Leal, praticante do movimento.


                                                                                                              Foto: Internet
Antes visto apenas como uma arte, o tecido também configura um esporte completo para quem deseja exercitar o corpo, sendo até mesmo uma opção viável para quem tem dificuldade em frequentar uma academia regularmente. “O tecido acaba trabalhando tudo. Ele tem um “Q” desafiador, um “Q” que te desafia a querer sempre mais, a melhorar, a fazer novos movimentos. Ele é infinito de movimentos, sempre estão surgindo novos movimentos”, diz a professora.


                                                      Faculdade Alfa
Jhenifer Fernandes | 4º Período 

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